Olhei para o mundo e vi certos seres
E pequei!
Desdenhei, foi inevitável, desdenhei!
Eram seres inócuos sem saberem que são
Seres que não se vêem!
Que acham e que acham que são coisas bobas e nem isso são!
Desdenhei e com gosto de veneno... Tanto...
E preferi não deixar que escorresse dos meus lábios...
Saboreei meu próprio veneno
E como fui feliz na felicidade de saber que somos tudo que quisermos ser
Que às vezes há em nós bobagens, mas também uma inteligência rara e sorrimos de tudo
Pois o importante é viver e pronto...
Ou melhor, é ser!
Se eu sei?
Sei lá do que sei!
Gosto muito de nós, pois não termos medo da inevitável loucura do mundo
por não termos medo de andar sempre à beira do precipício
Por não nos contentarmos.
Por amarmos sem medo, sem querer ser maior por prender um outro...
Somos maiores porque sentimos antes de qualquer coisa
E às vezes não sentimos nada e tudo bem
Porque de vez em quando é bom olhar para o mar e nada dizer
E deixar o pensamento ser o que quiser!
Porque teorizamos tudo empiricamente
E também pensamos bobamente
E temos coragem de dizer e de ser qualquer um a qualquer hora, mas saber a hora certa de ser!!!!
Desdenhei
E me senti terrível...
E sorri!
E olhei e vi minhas amigas sorrindo!
Todas a sorrir e a olhar com traços de mulher machadiana...
Tão singulares, tão lindas, tão perfeitas na imperfeição que nos foi imposta sem que pedíssemos!
Um grande abraço de adorar tanto que não se pode conter!
Deus às vezes me olha sorrindo e diz: "Você acredita em sorte? Você é uma sortuda menina, Tá vendo aqueles seres? Eles não riem assim!"
Eu digo: É Deus, será que herdei qualquer coisa de ti?
Sinto que Deus é inteligentíssimo e sarcástico, às vezes!
Mas ele tem certo humor que não consigo definir!