domingo, 28 de dezembro de 2008


Não desejei senão ter o inacessível.
Nunca pude compreender algumas palavras iniciadas com o prefixo IN.
Tão belas e tão cruéis.
Por que não posso ter?
Incontáveis períodos tentam explicar, embasar teoricamente porque não me é permitido.
Complexam ainda mais.
Não chegam à causa primária
Simplesmente porque não há esta tal causa primária
E, se assim é, não há explicações para essa inacessibilidade. Se não há o que a faz existir?
Como pode estar sem motivo, sem sentido?
continuo na busca do inacessível
Sem nenhum desejo maior
A não ser o de saber a sua descendência
Enclausurada nos arquivos do não sei onde.

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