terça-feira, 30 de dezembro de 2008


Não há desejos
Apenas o de deixar a dor fluir
Meu corpo ainda goteja timidamente por ter desejado, ainda desejando, o impalpável!
Esforço inútil o de não deixar as nuvens se transformarem em gotas!
Mas já disseste será verão e... O inverno passou!
E como será belo ver o sol outra vez
Como será não sentir mais a vontade do abraço inexistente
O desejo do meu colo em ti
O igualar dos corpos
Já não existirá daqui a pouco
Será apenas lembrança triste? Não, não será triste!
Nem simples acréscimo de experiência
Será o que sobrou do que foi simplesmente
E já não terá cheiro cor nem sabor
Mas não será água

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